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| "Olha a opinião do Roberto Motta sobre o engajamento da galera da direita nas redes sociais" - Reyesvalenciennes |
O candidato do PT é um estranho às redes sociais. Ele ainda vive nos anos 80. A rede social que ele gosta é aquela turma em volta dele , com camiseta vermelha, remunerados pra aplaudi-lo, pra concordar com tudo o que ele diz. As redes sociais social vão na contra mão de tudo o que o PT promove e apoia. O Estado centralizador, a censura, a checagem de fatos. Já o presidente Bolsonaro está no oposto. Quem acompanha política, desde 2014 a 2018, viu o surgimento do fenômeno Bolsonaro. Foi um fenômeno que surgiu e cresceu organicamente. E é interessante que havia uma retroalimentação entre o que acontecia na política na vida real e o que acontecia nas redes. A atividade online foi usada muito pra marcar manifestações e tudo isso com orçamento ZERO. Foi tudo orgânico. Foi tudo baseado em apoiadores, nas tias do zap e o elemento surpresa da campanha eleitoral de 2018, quando as pessoas tiraram dinheiro do próprio bolso pra comprar camisetas com o rosto do presidente. Eu nunca tinha visto isto na minha vida no Brasil. Geralmente, os partidos davam as camisetas dos candidatos. Eu nunca tinha visto eleitor comprar a camiseta do candidato. E o mais interessante e também um outro fenômeno são as lives do presidente com centenas de milhares de pessoas ali, escutando o que o presidente tinha a dizer. Qual é o resultado? Nós chegamos num país onde o brasileiro se interessa mais por política do que por futebol. As pessoas conhecem a escalação do STF totalmente, mas não sabe mais quem tá jogando na seleção. O brasileiro agora é dono do seu destino e eu acho que isso não muda nunca mais.
Roberto Motta | Jovem Pan | Pingo Nos Is