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| Reyesvalenciennes Nª 573 |
As migrações políticas durante a Guerra Fria foram causadas pela insatisfação com os regimes ditatoriais no Leste europeu, na Espanha e em Portugal, e foi um fenômeno comum na Europa na segunda metade do século XX. No entanto, no fim dos anos 1980, a desestruturação da economia socialista passou a gerar migrações econômicas , com a busca de oportunidades em outros mercados de trabalho na parte ocidental europeia. Da mesma forma, a crise gerada pelo esfacelamento da Iugoslávia e as perseguições étnicas que dela resultaram afugentou parte da população para os países da União Europeia, sobretudo para a Alemanha. A vizinhança c os países situados ao norte do continente africano, especialmente os da região do Magreb (Marrocos, Argélia, Tunísia) , constitui outra importante região de origem de movimentos migratórios em direção aos países da Europa Ocidental. Marroquinos , argelinos e tunisianos , que tradicionalmente engrossaram a população europeia , continuam atravessando o Mediterrâneo , apesar das restrições feitas hoje aos imigrantes, sobretudo aos africanos e aos árabes. Atualmente, a França abriga a maior parte daqueles que saíram do Magreb. O Reino Unido passou a receber , na segunda metade do século XX, povos oriundos de seu antigo império colonial. Indianos e paquistanês são os grupos mais representativos no conjunto de seus imigrantes. Desde a segunda metade da década de 1990, a União Europeia vem tomando medidas drásticas de fechamento de suas fronteiras aos movimentos migratórios . Entre seus integrantes, a França e a Alemanha , que historicamente estiveram abertas à imigração , passaram a adotar políticas abertas à imigração, passaram a adotar políticas bastante rígidas aos estrangeiros. A livre circulação de pessoas dentro das fronteiras da Europa unificada obrigou os países-membros a adotarem medidas comuns na restrição à imigração oriunda de países que não pertencem a esse bloco. No entanto, na própria Europa unificada, acentuaram-se os deslocamentos da população mediterrânea (Portugal, Espanha, Grécia) em direção aos demais países-membros , os quais oferecem melhores condições socioeconômicas. Os acordos de livre circulação de pessoas no interior da União Europeia geraram, inclusive, incidentes diplomáticas entre Brasil e Portugal, que mantinham entre si uma política migratória flexível. No início da década de 1990 , vários brasileiros que viviam em Portugal foram repatriado frente aos compromissos que este país se vou obrigado a cumprir como membro da União Europeia. A Alemanha é o país-membro que abriga o maior número de imigrantes , seguida pela França e Reino Unido. Segundo dados do Relatório , sobre a Imigração, divulgado pela ONU, em 2002 a Alemanha abrigava mais de 7 milhões de imigrantes; a França , mais de 6 milhões; e o Reino Unido, pouco mais de 4 milhões. Em relação aos demais do mundo , em volume de imigrantes , a Alemanha ocupava o 3° lugar no ranking; a França, o 5°; e o Reino Unido , 11° .