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✮ Proibição de Demissões Na Argentina Pode Agravar Crise | 2020 | Atualidades | Reyesvalenciennes Nª 475

 

[Texto do dia]⟶      O mercado de trabalho argentino, que já é considerado um dos PIORES do mundo , pode sofrer mais danos devido a medida de proibição de trabalhadores. Terceira maior economia da América Latina , a Argentina já carrega uma inflação de 40% e as notícias sobre a desvalorização de sua moeda é constante além de que o banco central possui poucos dólares. Após o colapso de um programa de empréstimo que ocorreu em 2019, o governo tenta restaurar os U$$44 bilhões que deve ao Fundo Monetário Internacional. É comum ver que a maioria das economias emergentes enfrentam dificuldades para obter recursos que possam aliviar as crises causadas pela pandemia. O governo Argentino tem feito programas de estímulos que são observados em outros países, como subsídios para que empresas possam manter funcionários. Todavia, o governo argentino  imprimiu 1,76 trilhão de pesos (U$$ 21,5 bilhões) para financiar esses estímulos. Essa atividade aumentou cada vez mais a preocupação de uma inflação ainda mais forte em 2021. A Argentina está proibindo que empresas possam demitir trabalhadores desde março e nenhum outro país manteve esse tipo de estratégia por tanto tempo . Agora a Argentina estendeu essa "estratégia" até 2021. O governo Argentino também exige que as empresas paguem o dobro do valor normal da indenização caso um trabalhador for demitido "sem justa causa" , de acordo com o decreto emitido pelo governo. Alguns economistas falam que essas "estratégias" acabam afetando os empregos que tentam proteger e que o governo pode sofrer pressão para excluí-las durante as negociações com o Fundo Monetário Internacional. Como as empresas não estão podendo demitir trabalhadores, elas recorrem a suspensões e este tipo de situação subiu em até 10 vezes em relação aos níveis pré-pandemia durante a proibições de demissões . Como na maioria dos países, o desemprego na Argentina aumentou neste ano de 2020. Segundo o novo relatório da Universidade Católica Argentina, o desemprego pode estar acima de 28% caso a taxa oficial, que é 13%, incluísse os 2,5 milhões de trabalhadores que deixaram completamente o mercado de trabalho , uma vez que esse número compõe 20% da força de trabalho registrada. O setor informal também pode entrar em colapso visto que a queda  é de 35% no segundo trimestre deste ano, como mostram os dados do governo.  Claudio Moroni , ministro do trabalho, reconhece que a atual crise de desemprego do país pode ser a pior de todas . Entretanto, ele sinaliza que a proibição de demissões não pode ser responsabilizada. 


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