[Texto do dia]⟶ Peso particular na crise do poder das oligarquias teve o movimento Tenentista. Observe que desde Floriano Peixoto cabia aos militares um papel secundário na estrutura de poder. As oligarquias reinaram , durante a República, absolutas. Mas as transformações da década de 20 sacudiram os meios militares, particularmente os jovens jovens oficiais , os tenentes. Oriundos da classe média , esse segmento militar trazia consigo todas as contradições e anseios de sua classe. Vislumbrava um país "livre" das trapaças eleitorais da política dos governadores e do voto de cabresto. Sonhava com a "ordem e o progresso" e atribuiria para si a missão de realizá-los. Queriam decidir sobre os destinos da nação e criticavam a cúpula militar pelo adesismo às oligarquias. No entanto , não tinham um projeto político definido e sequer questionavam a dominação de classes. Expressavam na verdade a necessidade da classe média de participar do jogo político e , através dele , conquistar ascensão social. Na essência , o tenentismo foi um movimento conservador , embora com aspirações moda crítica verbal e partir para o confronto armado , contra os governos das oligarquias. O primeiro enfrentamento tenentista se deu logo após as eleições para a escolha do sucessor do presidente Epitácio Pessoa (1919-1922) . Os tenentes se envolveram na campanha eleitoral do Marechal Hermes da Fonseca , candidato à reeleição pela frente oposicionista Reação Republicana , contra o "café com leite" Artur Bernardes. Ex-presidente do Brasil , Hermes da Fonseca não só foi derrotado como acabou sendo preso após o resultado oficial das eleições. Os tenentes que o apoiavam se revoltaram . Organizaram um levante militar que só foi efetivamente levado a efeito pelos "Dezoito do Forte de Copacabana" . Numa ação quixotesca , jovens oficiais rebeldes saíram do Forte de Copacabana e partiram para o enfrentamento com as tropas governistas. No confronto final , apenas 2 sobreviveram. A rebelião serviu de pretexto para que o presidente Artur Bernardes governasse a maior parte do seu quadriênio (1922-1926) , com o país em estado de sítio. Em 1924 , um outra rebelião tenentista eclodiu em São Paulo . Reivindicava a organização de um governo provisório , a eleição de uma Assembleia Constituinte e reformas políticas "modernizadoras". Com o insucesso do levante , os rebeldes paulistas se deslocaram para o sul. Em 1925, já no Estado do Paraná , juntaram-se uma outra coluna tenentista que partira do Rio Grande do Sul e , juntos , iniciaram a lendária Coluna Prestes , que , em dois anos , percorreu cerca de 24 mil quilômetros de chão brasileiro. Os estreitos limites políticos do tenentismo se colocaram como a principal arma de contestação dirigida contra o governo oligarquias.