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| Reyesvalenciennes 2020 |
[Texto do dia]⟶ No final de 1989 , o brasileiro Amyr Klink , a bordo do veleiro Parati, realizou um grande sonho: conhecer as terras geladas da Antártida . A viagem solitária , que durou mais de um ano , foi uma experiência única. Milhares de milhas longe de casa e tendo por companheiros albatrozes e pinguins , Amyr enfrentou tempestades, fotografou icebergs gigantescos e flagrou paisagens de rara beleza. Teve também a oportunidade de observar as variações climáticas , o solo , a biologia marinha... Pôde testar ainda , na própria pele , a resistência humana em terras inóspitas. Valeu a pena. Voltou para o Brasil com uma vasta bagagem e outro sonho : dar a volta ao mundo. Dessa vez , Amyr vai tentar chegar à China por uma passagem polar de 7 mil quilômetros no gelo , retornar pelo Ártico para , três anos depois , completar a viagem. Para realizar a façanha , logo que chegou da Antártida , o navegador brasileiro começou a trabalhar na construção do Paratti II , idealizado no formato de uma nave espacial , com quase 29 metros de comprimento . Pela primeira vez no mundo , uma embarcação desse tipo é feita sem nenhum grama de lastro , um peso inútil colocado dentro do barco para dar estabilidade . O paratii II foi construído com a técnica mais avançada de que se tem notícia. Todo em alumínio , sua estabilidade de formas é perfeita. Foi o próprio Amyr quem montou um estaleiro experimental onde a estrutura do barco foi finalizada. Em abril de 2002 , Amyr Klin retornou ao Brasil depois de mais de dois meses de viagem experimental com o Paratii II pela Amazônia e depois de concluir a etapa experimental da viagem à China.
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