[Texto do dia]⟶ A Era Napoleônica foi particularmente tragédia para Portugal . Com fuga da Família Real , a nação ficou sem rei e sob ocupação estrangeira . Primeiro foram os franceses; em seguida , após 1810, os ingleses. Pior: a força motriz da economia portuguesa era exatamente o monopólio comercial com o Brasil , também interrompendo com a Abertura dos Portos. Enfim , Portugal era um país sob ocupação estrangeira , tutelado por um Lord inglês e sem sua antiga galinha dos ovos de ouro , o exclusivismo comercial com o Brasil. Assim , se para o rei e a nobreza , confortavelmente instalados no Brasil , tudo parecia bem ... e o único incômodo era a saudade de um fato ambientando passeio pelos jardins do Palácio de Queluz , em Lisboa , para aqueles que permaneceram em Portugal , particularmente para a burguesia , a situação era insustentável . Um clima de conspiração e revolta tornava conta da elite que vivia em Portugal. Em 1820 , aproveitando-se da ausência do tutor inglês , Lord Beresford , em viagem ao Brasil , a burguesia do Porto , apoiada pelas massas populares , deu início a um movimento que logo se espalhou por todo o país: a Revolução Liberal do Porto. Imediatamente após o levante foram convocadas as Cortes (Parlamento) com a dupla tarefa de governar Portugal e , seguindo o receituário do liberalismo burguês , elaborar uma Constituição Paralelamente a elaboração da Constituição , as Cortes iniciaram sua ação política: exigiram a saída dos oficiais ingleses e o retorno imediato de D. João VI. Em relação ao Brasil as Cortes passaram a discutir e adotar medidas nada liberais que , em última análise , pretendiam a recolonização do Brasil.