[Texto do dia]⟶ O desenvolvimento das nações europeias era muito desigual . Havia aquelas , como a França , a Holanda e, em especial , a Inglaterra , que tinha experimentado o avanço das práticas capitalistas e adquirindo o "status" de potência da época. Já outras mantinham uma estrutura social e econômica bastante atrasada. Eram países basicamente rurais , de parque manufatureiro insignificante , com uma burguesia muito fraca e uma aristocracia ainda muito poderosa. Sentindo o atraso crescente dos seus respectivos países e a diferença de prestígio e de poder que isso implicava , alguns monarcas europeus de países atrasados , baseados em teses iluministas , desencadearam internamente um conjunto de reformas que tinham como objetivos alterar a fisionomia dessas sociedades e aproximá-las da modernidade. Assim, incentivavam-se as manufaturas , desenvolvia-se a proteção alfandegária , garantiam-se monopólios comercias , restringia-se o poder da Igreja , valorizava-se o racionalismo , disseminava-se a educação e a pesquisa científica . Eram , portanto , reformas no plano econômico e social. Não se questionava , por exemplo , o Absolutismo . Pois como as forças sociais do capitalismo eram muito débeis no interior desses países , essas reformas vinham do alto , do próprio estado Absolutista. E introduziam mudanças que , pelo seu conteúdo , eram muito mais mercantilistas do que propriamente capitalistas. Frederico II , da Prússia , Catarina II , da Rússia ; José II , da Áustria e o Marquês de Pombal (que não era rei , mas Ministro) em Portugal , revelaram assim uma certa sensibilidade face às exigências daquele momento histórico e tomaram a inciativa dessas reformas. Por isso mesmo , foram chamados de Déspotas Esclarecidos.