✮ O Crescimento Econômico ➤ [Reyesvalenciennes Nª 268] |
[Texto do Dia]→ A crise do capitalismo no Brasil só se resolveria com o crescimento e a modernização . Essa era , pelo menos , a ideia que circulava no Palácio do Catete . Crescimento que se traduziria na ampliação do parque produtivo nacional e na abertura de novos mercados . Modernização que significa romper os limites de uma economia agrária e penetrar , definitivamente , na era industrial. Isso não quer dizer , contudo , que a política econômica do Estado Novo subestimava a produção agrícola. Vargas tinha consciência da importância da exportação agrária como fonte de divisas para o país. A própria indústria brasileira , até então , tinha como origem recursos excedentes da produção do café que eram canalizados para as atividades maquinofaturas. Logo , se as divisas nacionais vinham da exploração de matérias-primas , vamos tratar de aumentá-la. E diversificá-la , já que o café , por conta da crise de superprodução , tinha que se manter em níveis competitivos. Objetivando a policultura , Vargas promoveu a criação dos institutos do Açúcar e do Álcool do Mate e do Pinho. E estimulou , com verbas até então aplicadas no setor cafeeiro , a expansão da cultura do algodão. Enquanto isso , desenvolvida gestões , internacionais para alargar o mercado para esses produtos , rompendo os limites estritos de colocação , da matéria-prima nacional que até então caracteriza nossa balança comercial. Por outro lado Vargas investiu na Industrialização . Principalmente na indústria de base , compreendendo sua importância como alicerce para o salto industrialista que se pretendia . No plano quinquenal elaborado em 1939, o governo definiria seus objetivos: usinas de aço , fábrica de aviões, estradas de ferro e de rodagem, navios para equipar a Marinha Mercante , usina hidroelétrica e outros itens reveladores do peso atribuído aos setores de base da economia. Nada de supérfluos. Todos os investimentos estavam voltados para alavancar o salto de qualidade da produção nacional. Vale destacar que , com a criação da indústria de base , Getúlio transferia para o Estado os elevados custos dos investimentos e "limpava o terreno" para que a burguesia nacional lançasse mão de recurso muito inferior na implantação de indústrias de bens de consumo , altamente lucrativas . Mais uma vez o Estado , com verbas tiradas de toda a população , assumia o ônus da expansão das atividades.