☆ O Que É Exatamente Alar E Dimetil-Hidrazina Assimétrica? Como Um Se Transforma No Outro? ► [Reyesvalenciennes Nª 97]
[Texto do dia]→ O alar ou daminozida é um regulador de crescimento vegetal. É pulverizado sobre frutas para regular o seu crescimento, melhorar as qualidades de firmeza e coloração, manter a fruta na árvore até a colheita, conservando suas qualidades durante o armazenamento. Foi aprovado nos Estados Unidos em 1963 e é utilizado principalmente em maçãs, embora também tenha sido utilizado em cerejas, pêssegos, peras, uvas, tomate , amendoim e em plantas ornamentais como o crisântemo. A ser absorvido pelas plantas, o alar sofre hidrólise ( do grupo amida) produzindo ácido butanodióico e dimetil-hidrazina assimétrica . Em 1984, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, Environmental Protection Agency) classificou o alar e o seu produto de degradação , o UDMH, como prováveis carcinógenos humanos, baseado no desenvolvimento de tumores cancerígenos em animais de laboratório tratados com essas substâncias. Em 1986, a Academia Americana de Pediatria pediu a EPA para proibir o uso do alar. Logo depois, um programa de televisão (60 minutos) noticiou a preocupação pública com a substância, levando seis cadeias de supermercados nacionais e nove grandes processadores de alimentos a parar de aceitar as maçãs tratadas com alar. Produtores de Washington se comprometeram voluntariamente a parar de usar as substâncias em suas maçãs (embora os testes posteriores revelaram que muitos não fizeram). Os estados de Maine e Massachusetts baniram imediatamente o uso do alar. Em 1989, a EPA decidiu proibir o alar, alegando que "a exposição a longo prazo" representa " riscos inaceitáveis para a saúde pública". Antes mesmo que essa decisão fosse publicada , o único fabricante de alar suspendeu voluntariamente todas as vendas internas da substância destinadas a usos alimentares ( o alar continua sendo utilizado no cultivo de plantas ornamentais) . Estudos posteriores consideraram que a quantidade de alar que deveria ser absorvida pelo organismo humano para provocar câncer seria extremamente alta, algo em torno de 20.000 litros de suco de maçã por dia. Com base nesses estudos , os produtores de maçãs de Washington entraram com uma ação de difamação contra as emissoras de televisão como a CBS , alegando que tiveram prejuízos da ordem de U$$ 100 milhões por conta da campanha antialar veiculadas na época. Em 1994* a ação foi julgada improcedente.