[TEXTO DO DIA]→ Após a ovulação , o óvulo permanece em condições de ser fecundado por um período de dois dias. Por outro lado , os espermatozoides , chegando pela relação sexual (cópula) ao útero , também podem sobreviver por dois ou três dias. Assim, se a relação sexual ocorre num período de alguns dias antes ou depois da ovulação , há grande probabilidade de fecundação. Esse é o chamado período fértil do ciclo. Como a ovulação acontece mais ou menos no 14¤ dia após o fluxo menstrual , o período fértil fica mais ou menos entre o 10¤ e o 18¤ dia a partir da menstruação. Se a cópula acontece poucos dias ou depois da menstruação haverá pouca probabilidade de fecundação , falando-se em período estéril do ciclo. Esses cálculos são, no entanto , valores médios , sujeitos a variações , mesmo porque nem sempre os ciclos ocorrem com a regularidade esperada. Até aqui mencionamos apenas os principais aspectos do ciclo menstrual e sua relação com os hormônios quando não há fecundação. Se o óvulo é fecundado, surgem novas interações hormonais , e o organismo materno sofre grandes transformações , preparando-se para a gravidez. Nesse caso é fundamental a ação da progesterona. Esse hormônio inibe a secreção de FSH e, consequentemente , a maturação de novos folículos. O corpo lúteo passa a ser estimulado por outro hormônio produzido pela placenta , a gonadotrofina cariônica (HCG). O então chamado corpo lúteo gravídico desenvolve-se muito , produzindo altos níveis de progesterona , que age :
a) nas glândulas mamárias , causando hipertrofia de suas regiões secretoras;
b) inibindo as contrações uterinas;
c) no desenvolvimento da placenta.
Um teste precoce da gravidez é possível pela detecção de gonadotrofina coriônica no plasma sanguíneo da mulher , pois esse hormônio aparece no sangue cerca de uma semana após a implantação do zigoto na parede uterina. Outro sinal da gravidez é a suspensão das menstruações , pois a progesterona inibe a secreção do FSH , impedindo a maturação de novos folículos ovarianos.