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➤A Síntese da Malveína ➣ Reyesvalenciennes [Nª 9]

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Reyesvalenciennes [Primeira Parte da Postagem]  "Em 1856 , o jovem químico inglês William Henry Perkin (1838-1907), que era assistente do famoso químico alemão August Wilhelm von Hofmann (1818-1892) , assistiu a uma palestra de Hofmann na qual ele comentava como seria importante sintetizar o quinino, uma vez que essa droga (a única capaz de combater a malária) tinha de ser extraída da casca da quina , que crescia nas Índias Orientais. Perkin ficou impressionado com o assunto e resolveu tentar a síntese do quinino a partir de um derivado do alcatrão de hulha".

[TEXTO DO DIA]→  Em 1856 , o jovem químico inglês William Henry Perkin (1838-1907), que era assistente do famoso químico alemão August Wilhelm von Hofmann (1818-1892) , assistiu a uma palestra de Hofmann na qual ele comentava como seria importante sintetizar o quinino, uma vez que essa droga (a única capaz de combater a malária) tinha de ser extraída da casca da quina , que crescia nas Índias Orientais. Perkin ficou impressionado com o assunto e resolveu tentar a síntese do quinino a partir de um derivado do alcatrão de hulha. Após uma série de experimentos com  a anilina , a toluidina e o dicromato de potássio , acabou obtendo uma substância sólida de cor preta , cujas propriedades em nada lembravam as do quinino.  Mas, antes de jogá-la fora, notou que tanto a água como o álcool usados para levar o frasco que havia entrado em contato com a substância durante a síntese se tornaram roxos. Fascinado com o resultado , ele testou as soluções de cor púrpura e percebeu que elas tinham a propriedade de tingir tecidos. Estava descoberto o primeiro corante sintético , a malveína , malva ou anilina púrpura. O sucesso da malveína marcou o nascimento da indústria de corantes sintéticos. Em 1857, Perkin obteve a patente do corante  e montou uma indústria com seu pai , iniciando a produção maciça da malveína. Na década seguinte , apesar da inexistência de uma base teórica, outros corantes foram obtidos por processos empíricos. Em 1868, C. Graebe e K. Liebermann conseguiram sintetizar pela primeira vez um corante natural , a alizarina (di-hidroxiantraquinona). Note que, ao contrário da malveína , sintetizada por Perkin, uma substância da raiz da garança . O método utilizado por Graeve e Liebermann , porém, era economicamente inviável em escala industrial. Perkin então desenvolveu , a partir do antraceno do alcatrão de hulha , um método adequado para a produção industrial de alizarina e, em 1871, sua fábrica produziu 220 toneladas dessa substância. A partir de 1865 , depois de Kekulé desvendou a estrutura do benzeno, houve um rápido desenvolvimento na indústria de corantes. A Grã-Bretanha deteve por algum tempo a iniciativa mundial no campo de corantes , situação que se modificou quando a Alemanha , por volta de 1915, alcançou 87% da produção mundial. No Brasil, a indústria de corantes começou a se estabelecer durante a Segunda Guerra Mundial, mas só depois de 1953 teve um desenvolvimento significativo , sobretudo nos anos 1960 e 1961.

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