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[TEXTO DO DIA]→ O governo Figueiredo deu continuidade à distensão ensaiada por Geisel . O último presidente militar pôs em pratica a política da "abertura" , concedendo a anistia política e permitindo a reorganização político-partidária. Os setores mais organizados da sociedade reivindicavam uma anistia ampla , geral e irrestrita, ou seja , a libertação de todos os presos políticos , a volta de todos os exilados e a restituição  dos direitos políticos a todos os cassados. Procurando manter o ritmo gradualista da liberalização do regime , Figueiredo sancionou , em agosto de 1979 ,  Lei da Anistia , que beneficiou mais de 4 mil pessoas penalizadas durante os anos da ditadura . A maior restrição ficou por conta dos condenados pelos chamados "crimes de sangue" cometidos pelos guerrilheiros opositores ao regime. Por outro lado , a lei incluía o perdão incondicional aos integrantes dos órgãos de repressão envolvidos em torturas e assassinatos de presos políticos. Entre 1979 e 1980 retornaram ao país nomes que pareciam saídos das páginas da História para  a maior parte dos jovens estudantes e sindicalistas : Leonel Brizola , Jânio Quadros , José Serra , Celso Furtado , Darci Ribeiro , Miguel Arraes , José Dirceu , Fernando Gabeira , Luís Carlos Prestes , João Amazonas e tantos outros . Três nomes ilustres da República Populista não sobreviveram para desfrutar da anistia : Juscelino Kubitscheck , João Goulart e Carlos Lacerda . O retorno dos exilados e restituição de seus direitos políticos fortaleceram a oposição . Velhas lideranças passaram a estabelecer contatos com os novos dirigentes sindicais , intelectuais , estudantes e políticos do MDB . Caberia agora pressionar por uma transição mais rápida que estabelece , enfim , o regime democrático. 

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