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| Reyesvalenciennes numa foto de março de 2019 |
[TEXTO DO DIA]→ Até 1709, a divisão das minas , o escoamento da produção , o abastecimento , enfim , todas as regras para o funcionamento das muitas atividades ligadas à mineração dependiam do poder dos envolvidos . Aqueles que controlassem maior número de homens armados impunham seus interesses. Desde 1702, a Metrópole procurar regulamentar a distribuição da áreas a serem exploradas pelos garimpeiros. Cada jazida era dividida em lotes , denominados datas. O descobridor da jazida tinha direito a duas datas e uma era destinada à Coroa. As outra datas eram sorteadas entre os interessados. Aqueles que possuíssem pelo menos 12 escravos podiam receber uma data inteira. Os demais tinham de se contentar com lotes menores , proporcionais ao número de escravos que possuíssem. Para fazer valerem as regras, impedir o contrabando e recolher os impostos devido , a Coroa montou seu aparelho administrativo e fiscal , impedir o contrabando o recolher os impostos devidos , a Coroa montou seu aparelho administrativo e fiscal , deslocando tropas de soldados da Metrópole para a região das minas. Em poucos anos , o ouro de aluvião , ou seja , aquele encontrado nos leitos dos rios, esgotou-se. Para extraí-lo mineradores com poucos recursos precisavam apenas de um pouco de sorte e de rústicos instrumentos como as bateias , bacias feitas de madeira ou metal . Chamados de faiscadores , esses garimpeiros perambulavam pela região , tentando suprir sua modesta sobrevivência. O poderosos dispunham de vasta mão-de-obra escrava, máquinas hidráulicas para lavagem do cascalho e obras de represamento de rios. Com mais recursos , suas possibilidades de extração eram muito maiores. E os escravos continuavam a ser "mãos e os pés de seus senhores ". Descobertas por paulistas , as minas foram , no início , um empreendimento desses moradores da capitania de São Vicente. O abastecimento dos garimpeiro fazia-se pelos diversos caminhos abertos a partir das vilas vicentina , pelas quais passavam rústicos comerciantes , com suas tropa de mulas e de índios , levando panos grosseiros , sal , farinha , marmelada , couros , carnes e aguardente. A produção paulista , anteriormente ligada ao consumo local, ampliava-se para atender aos mineiros . Os tropeiros vindos do Sul pousavam na Vila de Sorocaba , ponto de encontro dos comerciantes de grosso trato e local de animais , de onde se dirigiam para as minas. Em poucos anos , brotaram inúmeros vilas e cidades na região mineradora. O ambiente urbano ali contrastava com o das atividades açucareiras: os grandes mineradores ostentavam seu poder e riqueza nas cidades. O luxo e as joias eram expostos como insígnias de poder . Também o escravos , mercadorias valiosas capazes de extrair de preciosidades da terra e acalentar a pompa de seus senhores , eram exibidos pelas ruas, como adornos dos poderosos.