[Texto do Dia]⇾ A industrialização
do Japão ocorreu a partir de 1867. No ano seguinte
teria início a Era Meiji , que corresponde ao reinado do imperador
Mutsuhito (1868-1912). Esse período marcou o fim do feudalismo e da
organização de empresas familiares denominadas "zaibatsus",
que, no
final do século XIX, formavam grandes conglomerados industriais e
financeiros. As "zaibatsus" foram proibidas durante a ocupação
norte-americana, após a Segunda Guerra , mas ressurgiram durante o
processo de recuperação econômica japonesa. É o caso, por exemplo ,
das empresas Mitsubishi , Mitsui e Sumitomo. Poucos anos depois
surgiram as Keiretsus , que constituem uma rede de produção dedicada a
uma empresa-líder. As empresas da rede não podem negociar com outras
que não façam parte da mesma Keiretsu. Recentemente , tem sido
permitido que algumas empresas negociem com outras fora do grupo ,
desde que tenham capacidade produtiva e atendem prioritariamente às
empresas da Keiretsu. Após a Segunda Guerra Mundial , o Japão elaborou
uma estratégia de desenvolvimento industrial apoiada na fabricação de
automóveis , de produtos eletrônicos e fotográficos copiados dos
Estados Unidos que, no início , foram convertidos para uma tecnologia
de custo mais baixo e , posteriormente , passaram por um
desenvolvimento tecnológico independente. Essa estratégia apoiou-se
também na conquista de mercados externos. Nos últimos 50 anos , o João
não só acompanhou o ritmo de desenvolvimento tecnológico como chegou a
liderá-lo e criou , portanto, seus próprios tecnopolos. É o país que
mais investiu no processo de robotização industrial. O primeiro e o
mais famoso tecnopolo japonês é o de Tsukuba , onde inúmeras
instituições de pesquisas dividem o mesmo espaço com empresas de alta
tecnologia. Outra questão econômica asiática é a ZEE . As ZEE foram
idealizadas por Deng Xiaoping e
implantadas a partir de 1978. Elas
constituíram o modelo chinês para suplantar a estagnação econômica
que, aquele momento , atingia o conjunto dos países socialistas e os
afastava , cada vez mais , do nível de desenvolvimento do mundo
capitalista , considerando a produção de bens e a geração de serviços.
As Zonas de Comércio Aberto são regiões abertas ao comércio exterior e
também à entrada de multinacionais, desde que respeitadas as
restrições e que se associem ao governo ou aos empresários chineses
(joint ventures). Nas cidade escolhidas para a criação dessas zonas de
economia de mercado, abriram-se os investimentos estrangeiros e
estabeleceram-se medidas semelhantes às adotadas nos Tigres Asiáticos
: baixos impostos , isenção para a importação de máquinas e
equipamentos industriais e facilidades para a remessa de lucros ao
exterior. Além disso, as empresas que se instalaram nessas regiões
contem com a mão-de-obra industrial mais barata do mundo, o que torna
os preços dos produtos de baixo aporte tecnológico (têxteis, calçados
e brinquedos) imbatíveis no mercado internacional. Num segundo
momento, instalaram-se as montadoras de automóveis , como a Volkswagen
e a General Motors , as de equipamentos eletrônicos e elétricos. As
multinacionais que se estabeleceram na China interessava , antes de
tudo, entrar num país que abriga a quinta parte da população mundial e
que pode se transformar , em pouco tempo , num dos maiores mercados
consumidores do mundo. A localização das ZEEs é estratégica : ficam
perto do litoral , a pouca distância de outros grandes centros
econômicos do Pacífico. Das quatro primeiras ZEEs , três estavam na
província de Guangdong (Shenzhen , Zhuhai e Shantou) e uma em Fujian
(Xiamen), perto de Hong Kong e dos países do sudeste asiático . As
principais Zonas de Comércio Aberto são Shanghai , Tianjin, Guangzhou
, Dalian e Qingdao.