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➤ O Âmbar E Os Fenômenos Elétricos

ReyesValenciennes 2018


[Texto do Dia]→ O estudo dos fenômenos elétricos tem registros históricos que nos
remetem à antiga Grécia. Provavelmente teriam vindo daí as primeiras
observações sobre esses fenômenos. Os gregos antigos perceberam que
uma espécie de resina das árvores , o âmbar (em grego : elektron), ao
ser atritada com pedaços de pele animal, passava a atrair pequenos
corpos (plumas, palha). Durante muito tempo, essa propriedade foi
atribuída unicamente ao âmbar. Porém, vários cientistas se dedicarem
aos estudos desses fenômenos e contribuíram significativamente para
desenvolver o conhecimento sobre a Eletricidade. No século XVI, o
inglês William Gilbert (1544-1603) registrou , em seu livro De Magnete
, suas pesquisas e , entre elas , faziam referência ao âmbar. Segundo
ele , outros materiais , além do âmbar , ao serem atritados
apresentavam semelhante fenômeno elétrico.  Sua explicação para esse
fato era a de que , ao serem friccionados , tais materiais
possibilitavam a passagem de um fluído elétrico de um corpo para o
outro, tornando eletrizado o corpo que o recebesse.  Entre seus
experimentos há também referências e ilustrações que identificam o
corpo humano com um condutor de corrente elétrica. Outro inglês,
Stephen Gray (1670-1736) , constatou que os corpos poderiam ser
eletrizados de outra forma além do atrito . Por meio de experimentos ,
comprovou que um corpo X eletrizado , possibilitava a este atrair
pequenos corpos. Isso evidenciou a passagem do suposto fluido elétrico
pelo fio. Essa foi a concepção embrionária do que viria a ser
entendido como carga elétrica (ou portadores de carga) e material
condutor ou isolante. Outra contribuição importante foi dada pelo
francês Charles François de Cisternay Du Fay (1698-1739) . Em seus
experimentos , ele percebeu que duas barras de âmbar atritadas com uma
pele se repeliam quando aproximadas. Repetiu esse procedimento com
duas barras de vidro atritadas com seda e constatou que elas também se
repeliam. Porém , quando aproximou a barra de âmbar da barra de vidro,
notou que elas se atraíam. Du Fay chamou a "eletricidade" encontrada
no âmbar de resinosa e aquela encontrada no vidro de vítrea. Esse
experimento e a divisão de tipos de "eletricidade" levaram à
elaboração do conceito de atração e repulsão das cargas elétricas como
entendemos hoje . As expressões eletricidade resinosa e eletricidade
vítrea seriam mais tarde denominadas por Benjamin Franklin (1706-1790)
                                                eletricidade negativa e eletricidade positiva.

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