[Texto do Dia]⇾ A localização das indústrias
esteve relacionada durante muito tempo à
proximidade das jazidas de matérias-primas , do mercado consumidor ou
do litoral (no caso das indústrias voltadas para o mercado externo ou
dependentes de matérias-primas importadas). Esse padrão de localização
marcou a Primeira e a Segunda Revolução Industrial. Com o tempo,
setores que tradicionalmente se
instalavam ao lado das jazidas de
matérias-primas , como o siderúrgico , o metalúrgico e o petroquímico
, ganharam relativa mobilidade espacial com a evolução da capacidade
de transporte de produtos pesados. A indústria de produção de alumínio
, por exemplo, que consome enorme quantidade de energia elétrica ,
sempre se instalou perto das grandes usinas geradoras. Atualmente , o
aprimoramento do transporte de energia permite outras possibilidades
de instalação ao setor. Mesmo as indústrias de bens de consumo que se
desenvolvem próximo aos grandes mercados urbanos tendem a ser
descentralizadas. Essas empresas
têm se deslocado para regiões menos
saturadas e que apresentam custos (de infra-estrutura e mão-de-obra
por exemplo) mais baixos. Nas décadas de 1960 e 1970 foram criados,
nos países desenvolvidos , os pólos tecnológicos ou tecnopolos -
regiões onde se concentram as atividades de desenvolvimento de
produtos que incorporam alta tecnologia - , situados próximo a
universidades e institutos de pesquisas , com apoio de empresas e
verbas governamentais. Essa nova concepção industrial surgiu nos
Estados Unidos e depois se estendeu para o Japão , os países da União
Européia , os Tigres Asiáticos e , mais recentemente , ao Brasil ,
entre outros. O tecnopolo norte-americano de maior expressão mundial é
o Silicon Valley (Vale do Silício) , próximo à Universidade de
Stanford , na cidade de San Francisco (costa oeste). Várias empresas
de informática conhecidas mundialmente surgiram e/ou estão instaladas
nessa região, como a Hewlett-Packard , a Intel , a Apple e a Oracle ,
cujas instalações aparecem em primeiro plano.