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→A América Inglesa

Reyes Valenciennes 2018


[Texto do Dia]→ A Inglaterra só entrou decididamente no processo colonial no reinado de Elizabeth I (1558-1610), quando a construção naval , o comércio marítimo e a atividade corsária ganharam estímulo. Houve , então, um choque entre Inglaterra e Espanha - potência da época - que culminou com a derrota da Invencível Armada Espanhola , em 1588. Nesse período tentou-se colonizar a América do Norte , organizando-se três expedições sob o comando de Walter Raleigh , em 1584 , 1585 e 1587 , que , entretanto , não alcançaram o sucesso esperado. No século XVII , a atividade colonial inglesa edificou-se com a derrocada da Espanha e a criação de companhias de comércio , numa aliança entre o Estado e a emergente classe burguesa para a exploração e ocupação das Antilhas e da América do Norte . O empreendimento colonial contou também com o excedente , que não encontrava , nas cidades , colocação na cadeia de produção , ia de encontro à necessidade de pessoas para colonizar o Novo Mundo, representado , consequentemente , um solução para os problemas urbanos da Metrópole. Outro aspecto que ativou a colonização inglesa foram os conflitos político-religiosos dos século XVI E  XVII , que  estimularam a emigração de puritanos e quakers , em direção à América do Norte. Durante os século XVII e XVIII, estruturaram-se treze colônias na América do Norte : ao norte desenvolveu-se uma economia autônoma , mercantil e manufatureira, não dependente da Metrópole , e , ao sul, uma economia agrícola que produzia exclusivamente para o mercado externo. Virginia , a primeira colônia inglesa fundada na América , transformou-se num grande centro de produção de tabaco , produto altamente consumido na Europa. O sucesso econômico do empreendimento levou as companhias comerciais a fundarem outras colônias para a produção de itens tropicais de grande aceitação no mercado europeu: índigo (anil) , arroz e , mais tarde , algodão . Todos esses produtos eram obtidos por meio do sistema plantation , caracterizado pela monocultura praticada em grandes propriedades e com a utilização de mão-de-obra  escrava, e eram destinados ao mercado externo. Esse sistema foi a marca das colônias do sul , denominadas por isso ,  colônias de exploração. A parte setentrional dos Estados Unidos , de clima e de condições naturais semelhantes aos da Europa , ficou conhecida como Nova Inglaterra. Nessa região, a colonização desdobrou-se de forma diversa : predominaram os colonizadores provenientes da perseguição político-religiosa , como os puritanos , cujo primeiro grupo desembarcou , do navio Mayflower, em 1620 , na costa de Massachusetts , fundando a cidade de Plymouth. Logo , novas levas de colonos ativaram a colonização da região , transformando a parte setentrional em uma colônia de povoamento , diferente , em suas estruturas , da colônia do Sul. A ocupação baseou-se na pequena e média propriedade agrícola, em que o trabalhador era, não raramente o próprio colono. Diversificou-se , assim , a produção , implementando-se também manufaturas e comércio . Necessária para o escoamento da produção e a obtenção de itens externos , a construção naval ganhou grande impulso , e as relações comerciais chegaram às Antilhas, à África e até a Europa. A evolução econômica da Nova Inglaterra resultou , assim , numa capitalização  progressiva , ao contrário do que aconteceu no sul , onde houve uma extroversão econômica , com a produção visando somente ao mercado externo e vivendo em função dele. No século XVIII , quando a Inglaterra emergiu como grande potência mundial e a monarquia parlamentar inglesa estabilizou o país , redefiniu-se a política colonial , ampliando-se as restrições econômicas e a tributação aos colonos americanos. Sob a justificativa de dificuldades do Tesouro público Inglês. Especialmente após a Guerra dos Sete Anos (1756-1763) , criaram-se inúmeros impostos coloniais , o que levou os colonos a se unirem para conquistar a independência.

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