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→A Alternância De Gerações

Reyes Valenciennes 2018
Reyes_Valenciennes (2018)


[Texto do Dia]→ Existem espécies que, durante o seu ciclo de vida , alternam períodos da reprodução assexuada com períodos de reprodução sexuada, notando-se em cada um desses períodos formas orgânicas especiais. Assim, indivíduos com a forma A reproduzem-se assexuadamente , dando indivíduos com a forma B. Estes reproduzem-se sexuadamente , originando novos indivíduos com a forma A. A alternância de gerações é também conhecida por metagênese. Ela é observável tanto em animais quanto em vegetais. Entre briófitas e pteridófitas , ela se constitui na forma habitual de reprodução. As briófitas são vegetais intermediários representados principalmente pelos musgos ou muscíneas. O pezinho de musgo é uma planta minúscula com alguns milímetros de comprimento. Tem folhinhas verdes , um caule rudimentar , mas não possui raízes. Sustenta-se preso aos barrancos por meio de rizoides (esboços de raízes).  Nessa diminuta planta  forma-se , entretanto, órgãos reprodutores - anterídios e arquegônios. Por isso, essa forma de apresentação da planta é chamada de gametófito. Todas as suas células são haploides. Os gametas formados nos anterídios e arquegônios são os anterozoides e oosferas, respectivamente. Mas há uma fato digno de nota : eles não se formam por meiose , mas por mitose comum. Dos anterídios, libertam-se os anterozóides. Cada anterozóide pode alcançar um arquegônio de outro pezinho de musgo graças ao borrifar de pequenas gotas de água que caem sobre a planta em dias de chuva. Aí, o anterozóide , com movimentos flagelares , penetra o arquegônio e fecunda a oosfera. Surge o zigoto. Em cada gametófito (pezinho de musgo) fecundado , desenvolve-se uma haste contendo na extremidade uma pequena cápsula. Essa nova estrutura é o esporófito. Todas as suas células são diplóides. A duração do esporófito , nas briófitas , é fugaz . Em pouco , ele formará , por meiose , dentro da sua cápsula, células haplóides chamas esporos. Amadurece e rompe-se , libertando os esporos. Em seguida , ele definhará. Mas os esporos , caindo ao solo, germinam formando um tapetinho verde, que é o protonema , onde , assexuadamente , surgem novos pezinhos de musgo (gametófitos). Assim, fecha-se o ciclo. E tudo começará de novo. Ainda que com algumas diferenças , as pteridófitas (samambaias , avencas , fetos) também fazem seu ciclo de vida através de uma metagênese. A fase duradoura , neste caso, é o esporófito , pois é nesta condição que se encontra a samambaia , como planta ornamental. Em certas folhas do esporódito , desenvolvem-se os esporos (formados por meiose), que são haplóides.  Eles são encontrados dentro dos soros, formações granulosas pardacentas (marrons) situadas na face inferior dos folíolos de algumas folhas da planta. Com a ruptura dos soros e a liberação dos esporos , inicia-se a fase assexuada. Os esporos caem ao solo e germinam . Originam um corpo achatado, cordiforme (em forma de coração), chamado prótalo. O prótalo é hermafrodita , pois nele formam-se anterídios e arquegônios. Ele corresponde à fase gametofítica ou de gametófito das pteridófitas. Todas as suas células são haplóides. Como o prótalo se desenvolve na terra úmida , os anterozóide encontram ambiente propício (umidade) para se deslocarem por meio de movimentos dos flagelos ao encontro dos arquegônios , onde vão fecunda as oosferas. Cada oosfera fecundada vai desenvolver-se, originando um novo esporófito (diplóide). O Prótalo (gametófito das pteridófitas) tem curta duração. Já o esporófito, representado pela planta desenvolvida, tem longa duração.

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