Reyes Valenciennes→ "Esse tema é para aqueles que querem aprender mais sobre o sistema digestivo em outros seres vivos". |
[Texto do Dia]→ Afora os espongiários , que fazem digestão intracelular, o tubo digestivo propriamente começa a aparecer nos celenterados , como a Hydra , que já tem uma boca e uma cavidade digestiva saculiforme . Entre os vermes , as tênias não possuem tubo digestivo (nutrem-se por difusão através da superfície corporal), mas as planárias (vermes platelmintos de água doce), por exemplo, já possuem boca e um tubo digestivo ramificado , embora não tenham ânus. O que não é aproveitado é expelido pela boca. Diz-se , portanto, que as planárias e outros vermes platelmintos como ela (Fasciola Hepática, por exemplo) têm tubo digestivo incompleto. Nos anelídeos , como a minhoca, o sistema digestivo já possui alguns órgãos especializados, tais como boca, faringe , esôfago , papo, moela e um intestino retilíneo (sem curvas) terminando no ânus. Nos vertebrados , o sistema digestivo , ou trato digestivo , se especializa mais , e o intestino assume maior dimensão. Há glândulas desenvolvidas controladas por mecanismos reguladores. Nas aves , o estômago está dividido em duas partes : um estômago químico - o proventrículo ou ventrículo centuriado -, que segrega o suco gástrico , e a moela , ou estômago mecânico , dotada de paredes musculosas fortes e contendo grande quantidade de areia e pedrinhas. Ainda sobre o estômago , convém ressaltar que , nos mamíferos ruminantes , ele é formado por quatro câmaras seguidas: a pança ou rúmen , mo barrete ou retículo , o folhoso ou manso e o coagulador ou abomaso. Como os ruminantes são herbívoros e se nutrem abundantemente de folhagens (ricas em celulose), esse material é guardado temporariamente no rúmen. Ali, prolilferam bactérias e protozoários que eliminam enzimas capazes de digerir a celulose e outras substâncias. A celulose e a celobiose produzidas por tais microrganismos decompõem a celulose e a celobiose , tornando mais viável pelo tubo digestivo desses mamíferos a obtenção da glicose. Também há a decomposição de lipídios , resultando em ácidos graxos, metano e dióxido de carbono. Para um melhor aproveitamento nutritivo , o animal regurgita o bolo alimentar , depois de já ter passado ao retículo , devolvendo-o, então , à boca. O animal volta , assim, pacientemente a mastigá-lo (ruminação) e de novo o engole. Só que , desta vez , o alimento não vai mais às duas primeiras câmaras . Ele passa o que se faz à custa de uma reprega da mucosa do esôfago , que funciona como válvula. Ali, o alimento é emulsionado por peristaltismo e amolece mais ainda. A seguir , o alimento , ocorre intensa absorção de água . A seguir , o alimento é emulsionado por peristaltismo e amolece mais ainda. Neste compartilhamento , ocorre intensa absorção de água . A seguir , o alimento passa ao quarto departamento gástrico , que é o coagulador ou abomaso , único segmento que possui glândulas secretoras de enzimas digestivas . A essa altura , o alimento encerra um imenso número de bactérias , as quais fornecem proteínas para serem hidrolisadas. Da matéria desses microrganismos , o ruminante obtém seus aminoácidos . Como se deduz , as câmaras anteriores são "criadouros" de microrganismos com grande utilidade para o ruminante. Em peixes cartilaginosos (tubarão e raia), o intestino é relativamente curto. Para proporcionar uma boa absorção alimentar , a mucosa intestinal apresenta uma prega helicoidal em toda a extensão do órgão , à qual se deu o nome de válvula em espiral. Em muitos vertebrados , o intestino termina não num ânus, mas numa cloaca (peixes cartilaginosos , todos os anfíbios , répteis e aves). A cloaca é uma espécie de bolsa na qual terminam as vias digestivas , urinárias e reprodutoras , convergentemente . A cloaca se abre para o exterior por um único orifício - a fenda cloacal, por onde se eliminam fezes urina e material reprodutor.