Reyes Valenciennes (2017) |
[Texto do Dia]→ Outra forma de encarar o nacionalismo ganhou destaque na segunda metade do século XIX. Um nacionalismo que enfatizava as qualidades singulares e a história de determinado povo. Ao examinarem a linguagem, a literatura e os costumes de seu povo , alguns pensadores romântico pretendiam criar um orgulho nacional. Ao despertar um amor profundo ao passado , inclusive uma nostalgia por fronteiras, glórias e poder de outras épocas. Esse nacionalismo conduziria a guerras de expansão. As revoluções de 1848 provaram a força do nacionalismo. Em 1867 , a Hungria obteve a autonomia que perseguia desde 1848 ; por volta de 1870, a unificação , tanto da Itália como da Alemanha , foi concretizada. Nesses processo , o nacionalismo rompeu com o liberalismo e tornou-se cada vez mais beligerante , ameaçando a paz na Europa. Johann Gottfriend Herder (1744-1803) concebeu a ideia da Volksgeist , "alma do povo". Para ele , cada povo era único e criativo ; cada um expressava seu gênio na linguagem , na literatura , nos monumentos e nas tradições populares. Sua ênfase na cultura de um povo estimulou a consciência nacional entre os alemães. A Volksgeist levou intelectuais a investigarem o passado de seu próprio povo , a redescobrirem suas antigas tradições e a exaltarem suas linguagem e culturas históricas. Desse nacionalismo cultural ao nacionalismo político , que exigia a libertação e a unificação , foi apenas um pequeno passo. Os românticos foram os primeiros apóstolos do nacionalismo alemão. Reativaram na consciência dos alemães as lembranças do passado de sua nação e enfatizaram as qualidades especiais de sua gente e o destino de sua nação. A maioria dos românticos alemães era hostil aos ideais liberais da Revolução Francesa. Para esta , o Estado era uma criação humana que forneceria garantias para os indivíduos. Para os românticos , o Estado era algo sagrado , a expressão do espírito de um povo, acima das individualidades.