Reyes Valenciennes → "Esse texto é para os companheiros que amam assuntos da Biologia." |
[Texto do Dia]→ Os primeiros cordados surgiram na Terra há cerca de 500 milhões de anos (era Paleozóica). Desde então, esses animais se expandiram de forma extraordinária , partindo do meio aquático e ocupando os mais diversos ambientais terrestres até a última conquista , a capacidade de voo. O filo Cordados tem cerca de 50 mil espécies de protocordados e vertebrados. Os protocordados são cordados mais simples , pequenos e exclusivamente marinhos , não muito conhecidos. Os vertebrados , que apresentam grande diversidade , são representados por várias classes, desde os mais primitivos , ainda sem mandíbulas (lampreias), até os mandibulados (peixes, anfíbios , répteis e mamíferos). Os cordados são animais de simetria bilateral, segmentados , triblásticos , celomados e deuterostômios. Mostram ainda três características fundamentais e exclusivas que , portanto, não ocorrem em qualquer outro filo. Estas são:
1-Notocorda : Estrutura de sustentação do corpo, uma espécie de bastonete flexível , localizada na linha mediana dorsal. Nos vertebrados , a notocorda se forma na fase embrionária , sendo substituída, no adulto , pela coluna vertebral , que , além de ser um eixo esquelético de sustentação , protege o tubo nervoso (medula raquidiana).
2- Tubo Nervoso (Tubo Neural) : origina-se da ectoderme e acompanha dorsalmente a notocorda. Dele saem os nervos com fibras que inervam os órgãos internos, dilatações ou vesículas , que vão constituir o encéfalo. Fica bem marcada , então , a cefalização.
3- Fendas faríngeas (faringe branquial): tubo digestório , de origem endodermal , apresenta na região da faringe muitos pares de fendas . Nos protocordados , essas aberturas permitem a saída da água que entra pela boca, trazendo partículas nutritivas em suspensão. Isso caracteriza os animais filtradores . Nos peixes , essas fendas adquirem função respiratória , surgindo aí as branquias . Embora se formem na fase embrionária de todos os cordados , as fendas faríngeas não persistem na fase adulta , a não ser em alguns grupos de vida aquática, como os protocordados e os peixes. O nosso organismo tem a capacidade de manter suas funções constantes dentro de certos limites. Assim , a exemplo da termorregulação, podemos também , involuntariamente , regular o ritmo cardíaco, a pressão arterial , a frequência respiratória e as ondas elétricas cerebrais. O mesmo se pode dizer da composição química, do volume , do PH e das concentrações de íons dos diferentes líquidos corporais . Isso mostra que o organismo possui mecanismos para manter um meio interno constante e num determinado ritmo de trabalho , de acordo com as suas necessidades a cada instante , mesmo que ocorram variações dos fatores ambientais. Essa capacidade de manter o meio interno constante é chamada homeostase. O termo homeostase foi proposto por Cannon (1939) e pode ser hoje discutido no nível da fisiologia celular , dos indivíduos e até das populações. Aliás , o famoso fisiologista Claude Bernard já salientava que a constância do meio interno é condição básica para vida. A capacidade de homeostase depende de mecanismos de feedback ou retroalimentação . Em resumo , o aumento ou a diminuição de uma determinada função provoca uma alteração (física ou química) no organismo ; essa alteração desencadeia uma reação para a correção funcional , garantindo o equilíbrio dinâmico dessa função. Podemos entender melhor com um exemplo , o da regulação do ritmo respiratório:
A) Aumento da concentração de CO2 presente no sangue que passa pelo bulbo, no encéfalo;
B) Ativação do centro respiratório, que manda estímulos para o diafragma.
C) Aumento do ritmo de contrações do diafragma , aumentando o ritmo respiratório;
Consequência : diminuição da concentração do CO2 no sangue , inibindo o centro respiratório e consequentemente reduzindo o ritmo respiratório.