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→As Adaptações Dos Parasitas



[Texto do Dia]→ Os parasitas são organismos extremamente adaptados anatômica, fisiológica e até bioquimicamente aos hospedeiros, para os quais têm , em geral , grande especificidade . Eles buscam em seus hospedeiros a fonte de alimentação e costuma-se dizer, de modo simplista, que não comem para viver, mas para se reproduzir. As suas adaptações são basicamente de sois tipo: as reduções(simplificações de órgãos e até de sistemas inteiros) e as acentuações (maior desenvolvimento de determinadas estruturas). Muitos parasitas não tem órgãos locomotores e alguns não apresentam sistema digestório (solitárias).  Em compensação, durante a evolução eles desenvolveram aparelhos bucais de perfuração e corte (ancilóstomos) e de sucção de sangue (sanguessugas e insetos). Além de ganchos e ventosas de fixação (solitárias e esquistossomos). Há até aqueles que resistem  às enzimas digestivas e ao ácido clorídrico do estômago dos hospedeiros. São marcantes ainda a grande produção de ovos , que chega a milhares por dia em muitos vermes , e o sincronismo com os ritmos vitais dos hospedeiros. Nas filárias , por exemplo , as larvas migram em massa para a circulação periférica nas horas do dia em que os insetos transmissores costumam picar. O verme oxiúro migra do reto para a região anal durante a noite , provocando aí a coceira que contaminados dedos com os ovos , facilitando a transmissão . O incrível é que , em pessoas que dormem durante o dia, esses vermes migram para o ânus também nesse período. Nas  lombrigas , vermes que vivem na luz intestinal , pobre em oxigênio, há um tipo de hemoglobina mais eficiente do que a nossa na captação desse gás para a respiração. No curso da evolução , simultaneamente à evolução das adaptações dos parasitas, os hospedeiros também desenvolveram adaptações conseguindo assim, equilibrar e até reduzir a amão prejudicial daqueles. Nos casos mais simples , de muitos ectoparasitas , os hospedeiros podem simplesmente efetuar movimentos para a sua eliminação. Lembre-se dos tremores da musculatura da pele do gado e do balançar da cauda para afastar insetos . Muitos desenvolveram estruturas protetoras, impermeabilizantes da pele e até comportamentos que dificultam a infestação. Grandes mamíferos africanos, por exemplo hipopótamos e elefantes , enlameiam-se e deixam secar sobre a pele uma camada de lama que os protege do ataque de artrópodes parasitas.  Outros ainda , produzem secreções especiais que afastam possíveis parasitas. Mais importante , especialmente no caso dos microrganismos parasitas , foi o desenvolvimento de um eficiente mecanismo protetor representado pelo sistema imune , com a produção de anticorpos e a fagocitose. Há também a produção de cápsulas fibrosas e calcárias para isolar e bloquear o parasita que se fixa no interior de alguns órgãos , como por exemplo as larvas dos vermes triquina e solitária. Dentre os invertebrados é um bom exemplo a formação da pérola , resultado do do isolamento dos parasitas que penetram nas ostras.

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