[Texto do Dia]→ Carlos Magno conseguiu impor uma forte centralização política em seus domínios. As terras conquistadas eram doados em benefício dos nobres , que juravam fidelidade e prestavam serviços ao Imperador. As forças feudais descentralizadoras , que tendiam à organização de unidades auto-suficientes , foram contidas pela administração carolíngia. As terras foram divididas em condados (condes), ducados (duques) e marcas (regiões de fronteiras administradas pelos marqueses). Frequentemente um conjunto de fiscais, "missi dominici" (enviados do Imperador) percorria os territórios , informando a conduta dos condes e marqueses. A capital não era fixa ; dependia do lugar onde se achava a corte. O controle era também mantido através de leis escritas , as capitulares , através das quais se pretendia uma uniformização administrativa. Carlos Magno chegou a interferir em assuntos religiosos , nomeando bispos e abades. Nos tempos de Carlos Magno, a cultura experimentou um renascimento, uma nova valorização, depois de séculos de um certo obscurantismo causando pelas invasões bárbaras. Carlos Magno, apesar de analfabeto , cercou-se de pessoas cultas, fundou muitas escolas , uma delas em seu próprio palácio (Escola Palatina), organizada por Alcuíno . Historiadores famosos : Paulo Diácono e Eginhard. Nas escolas foram feitas muitas cópias de manuscritos da Antiguidade. A escrita foi aperfeiçoada , tornando-se mais clara e legível. A língua oficial era o Latim. A mais famosa obra épica foi o poema "Chanson de Roland". Rolando, sobrinho de Carlos Magno, combateu os muçulmanos na Península Ibérica e foi morto pelos bascos no desfiladeiro de Roncesvalles. O prestígio de Carlos Magno foi tão grande que o Califa Harum-al-Raschid lhe enviou do Oriente ricos presentes. O renascimento cultural carolíngio teve , no entanto, curta duração, pois após Carlos Magno , novas guerras e invasões trouxeram desequilíbrios que acabaram com paz que havia estimulado aquele anteriormente.