Imagem: Reyes Valenciennes = Reprodução - Foto proveniente de uma extinta rede social do titular da page. |
Em meados do século XVIII, filósofos franceses começaram a refletir sobre a condição da mulher. Em Paris , mulheres da elite organizavam salons de intelectuais para debates livres e francos. Muitos , no entanto, discordavam dessa participação feminina. O barão de Holbach , que liderava um dos mais famosos círculos intelectuais da década de 1770, excluía especificamente as mulheres , por acreditar que elas baixavam o tom e a seriedade das discussões. Para Rousseau , as mulheres estavam fora do contrato social: a natureza teria dado aos homens o domínio sobre elas e as crianças e, sendo natural, a estrutura patriarcal da família permitiria preservar e aumentar o patrimônio do pai. Kant, ardoroso defensor do iluminismo , argumentava que as diferenças entre os dois sexos eram simplesmente naturais. As mulheres amariam o que é agradável e poderiam entreter-se com trivialidades. Elas não teriam sido feitas para raciocinar, mas para sentir. Donde concluir que a reflexão mais sofisticada, mesmo que lhes fosse possível , destruiria seus méritos peculiares. Já o filósofo Hume (1711-1776) considerava que a situação das mulheres resultava do desejo masculino de preservar seu poder do desejo masculino de preservar seu poder e patrimônio. Como os homens não tinham garantias de que os filos nascidos de suas mulheres eram na realidade seus, o único recurso era tentar reprimi-las sexualmente. A feminista inglesa Mary Wollstonecraft (1759 - 1797), familiarizada com a filosofia de seu tempo. Estendia os princípios do iluminismo à posição e à condição das mulheres . Sua obra devastadora , Defesa Dos Direitos da Mulher (1792), pedia uma por Kant. Acreditava que a sociedade patriarcal havia corrompido as mulheres e que a tirania dos homens viria a maior parte das loucuras das mulheres.