Reyes Valenciennes em 2015. |
A técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR) - do inglês, Polymerase Chain Reaction - foi desenvolvida em 1985 pelo bioquímico Kary Mullis. Essa técnica propiciou um aumento muito grande na eficácia da análise do material genético. As polimerases são enzimas que ocorrem nas células e catalizam reações de polimerização (formação de moléculas de cadeias longas). É o caso do DNA polimerase, que participa a duplicação da molécula de DNA. Pela PCR promove-se a duplicação de trechos do DNA in vitro, usando polimerases do DNA. Antes da PCR , para detectar genes ou VTNRs havia necessidade de grande quantidade de DNA-Alvo , o que nem sempre era possível. Essa dificuldade foi resolvida com a introdução da técnica de PCR, que possibilitou a obtenção de quantidades muito grandes de fragmentos específicos do DNA por meio da amplificação em ciclos. Simplificadamente, o DNA que será amplificado é submetido a temperaturas elevadas (cerca de 94¤ C por 1 minuto), o que provoca a separação da dupla-hélice. Depois, com a temperatura mais baixa , são empregadas as polimerases , que atuam em cada uma das cadeias do DNA , completando os pares de bases. Assim, uma molécula de DNA , formam-se duas. A cada ciclo , a quantidade de DNA-Alvo é duplicada , de modo que em 10 ciclos obtêm-se 1024 vezes mais DNA-alvo; em 20 ciclos , cerca de 1 milhão de vezes mais DNA-Alvo; e assim por diante , mostrando a natureza exponencial dessa amplificação. Com isso, pequenas amostras contendo poucos fragmentos de DNA podem ser estudadas com mais facilidade.