Reyes Valenciennes no dia 19.10.2017- Imagem super atualizada. |
Já sabemos da importância da síntese e da degradação de moléculas orgânicas para a manutenção da vida. Nesses processos ocorre transformação de energia, e o conjunto das atividades metabólicas das células relacionadas com essas funções é chamado metabolismo energético. Nas reações químicas, os reagentes interagem entre si e se transformam em produtos. Existem reações químicas que, para ocorrer, precisam receber energia. Elas são chamadas endergônicas. Nesses casos, os reagentes têm menos energia do que outros produtos. Outras reações, no entanto, liberam energia. Elas são chamadas energônicas. Nesses casos, os reagentes têm menos energia do que os produtos. Outras reações, no entanto, liberam energia. Elas são chamadas exergônicas. Nessas reações, os reagentes possuem mais energia do que os produtos, e parte da energia dos reagentes é liberada na forma de calor. Os processos celulares endergônicos que vamos estudar são a fotossíntese e a quimiossíntese; os exergônicos são a respiração e a fermentação. Nas células , as reações exergônicas liberam parte da energia sob a forma de calor e parte para promover reações endergônicas. Essa utilização só é possível por meio de um mecanismo conhecido como acoplamento de reações , no qual há participação de uma substância comum para "dirigir" o aproveitamento de energia, e, assim, haver pouca liberação de calor. Essa substância comum é principalmente o trifosfato de adenosina, ou adenosina trifosfato , cuja abreviação é ATP. Esse composto armazena, em suas ligações-fosfato, grande parte da energia desprendida pelas reações exergônicas. Além disso, o ATP tem a capacidade de liberar , por hidrólise, essa energia para promover reações endergônicas. O ATP funciona dentro da célula como reserva de energia, que pode ser gasta em qualquer momento que a célula necessitar. O ATP é um nucleotídeo formado por uma molécula de adenina (base nitrogenada), uma molécula do açúcar ribose e três fosfatos (representados por P). O conjunto adenina monofosfato (AMP). Com adição de mais um fosfato , forma-se a adenosina difosfato (ADP); e com a adição do terceiro fosfato, forma-se finalmente a adenosina trifosfato (ATP). Na combustão não-biológica, a energia é liberada de uma só vez, sob a forma de calor. Este é tão intenso que, se ocorresse na célula, poderia matá-la. Na combustão biológica, a energia armazenada nas ligações químicas é liberada de modo gradativo e utilizada na síntese de ATP. Neste caso também há liberação de calor, mas em menor quantidade. Havendo necessidade , o ATP é hidrolisado e a energia liberada é utilizada para promover movimentos e reações metabólicas das células.