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A Reação Republicana [Oligarquia]

Fonte: Reprodução/Rede_Social de Reyes Valenciennes (2017)


 Em alguns momentos da história da República Oligárquica, setores urbanos foram atraídos por campanhas eleitorais que revelavam desacordo entre as oligarquias dominantes. Tinha sido o caso das campanhas de Rui Barbosa em 1910, 1914 e 1919. Nesta última, apesar da falta de apoio de qualquer oligarquia importante, conseguiu vencer na cidade do Rio de Janeiro , capital do país. Em 1921, as oligarquias do Rio Grande do Sul, da Bahia , de Pernambuco e do Rio de Janeiro uniram-se, formando a Reação Republicana , com Nilo Peçanha como candidato às eleições presidenciais de março de 1922, contra Arthur Bernardes (mineiro), candidato das oligarquias de Minas Gerais e São Paulo. A campanha da oposição , realizada em meio à grave crise econômica do pós-guerra , criticava a política de valorização do café, cujos efeitos eram a inflação e o desemprego , e assim obtinha simpatias nas grandes cidades. Apesar disso, a política café-com-leite prevaleceu sobre a Reação Republicana. Bernardes obteve 155 mil votos a mais que seu concorrente. O tenentismo, que promoveu uma intensa campanha de desestabilização do governo Bernardes, não foi capaz de alimentar a participação dos grupos urbanos na política nacional. Defendia um programa reformista, calcado no nacionalismo e na purificação das instituições republicanas, com a diminuição do poder das oligarquias regionais e , se necessário, a implantação de uma ditadura. Conteúdo, ameno e intervenção radical foram as marcas de um expressar de um mesmo sentimento de oposição ao regime oligárquico, os tenentes desejavam apenas o apoio da população civil, não procurando estabelecer uma intervenção conjunta com camponeses, operários e classes  médias , por exemplo, de maneira a realizar uma ampla revolução social. A regeneração da República , na visão desses militares, não  ampliava a participação dos grupos subalternos. Luís Carlos Prestes , conhecido como Cavaleiro da Esperança por suas andanças  pelo Brasil  de 1924 e 1927, manteve-se distante dos movimentos populares. Mesmo a elite militar mais rebelde não incluiria os grupos subalternos no seu projeto de tomada do poder. Durante a República Oligárquica, até mesmo a revolução era coisa para poucos.

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