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A Estrutura Do Caule [Reyes Valenciennes]

Nesta tarde , seu amigo, o Reyes Valenciennes,   traz um assunto que faz parte de um dos mais célebres contextos da biologia.  Imagem foi feita no espaço Setor XXX (Setor 30).

Já vimos que um caule pode ser identificado pela presença de gemas, as quais dão origem a ramificações, a botões florais e até raízes. A gema é um meristema protegido por primórdios de folhas em forma de pequenas e delicadas escamas. Logo abaixo do  ápice de uma gema , após a zona de alongamento , podemos observar , em cortes transversais, a organização dos tecidos condutores no caule, que é diferente nas mono- e nas dicotiledôneas. Nas monocotiledôneas , os caules são geralmente finos , sem muito crescimento em espessura e seus feixes vasculares ficam dispostos irregularmente num parênquima de preenchimento, num aspecto homogêneo. Não  há, portanto, a delimitação de córtex e cilindro vascular (cilindro central). Os feixes vasculares são fechados , isto é , não têm câmbio e o crescimento é limitado. ao redor de cada um deles há um anel de esclerênquima. Nas dicotiledôneas, há um cilindro vascular , que forma quase toda a espessura do caule, Nele, os feixes vasculares estão dispostos em anel, Em cada feixe há um câmbio (fascicular) que produz  vasos liberianos em direção à periferia  e vasos lenhosos voltados para o interior, o que resulta no crescimento em espessura. Entre os feixes há um outro câmbio (interfascicular) , que é um meristema secundário. Os câmbios fascicular e interfascicular formam um anel completo : quando em atividade conjunta, eles possibilitam um crescimento uniforme , mantendo a forma circular do caule. O resultado é a estrutura secundária do caule , onde não se reconhecem mais os limites dos primitivos feixes vasculares. Na região da casca (córtex) entra em atividade outro meristema secundário , o felogênio, que permite à casca acompanhar o crescimento do cilindro vascular . Em direção á periferia , o felogênio produz células suberificadas, que se destacam em placas , o ritidoma , quando o caule se encontra em ativo crescimento, Isso é bem visível em jabuticabeiras, eucaliptos , goiabeiras e muitas outras plantas. Nas gimnospermas , como por caule é muito uniforme , destacando-se o cilindro  vascular as traqueides , que formam os anéis anuais. Eles permitem o cálculo dos anos de vida da planta. Durante a época favorável do ano (primavera), com água abundante , as traqueídes formadas são grandes e constituem um largo anel claro (lenho primaveril). Nas estações mais secas (verão e outono ), as traqueídes são pequenas , de paredes muito espessas, e formam um anel estrito e escuro (lenho estival) . Este último tem função mais mecânica do que condutora e é escuro porque o espaço interno (luz) de cada traqueíde é reduzido. No inverno , em função das baixas temperaturas, o metabolismo da planta cai muito e a atividade do câmbio cessa, não sendo produzidos elementos de condução. Cada ano de vida da planta é, então, representado pela soma de uma anel claro e um escuro.

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