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A Economia do Império Colonial

Reyes Valenciennes - Imagem de  outubro de 2017.

Com a entrada do ouro e dos diamantes do Brasil, e a intensificação dos negócios coloniais decorrente principalmente da mineração, a economia portuguesa viveu algumas décadas de prosperidade.  A crise do século XVII, provocada  pela concorrência de outros Estados europeus e pela Guerra da Restauração, era superada por uma nova arrancada da economia colonial brasileira. O trafico de escravos foi intensificado para suprir a região minerada. Os tributos e contatos feitos pela Coroa proporcionavam altos rendimentos para o poder metropolitano. Com a crise superada , a  aristocracia lusitana entregou-se aos prazeres do consumo  de artigos de luxo e da ostentação. Grandes obras foram erguidas em Portugal, como o Palácio-Convento de Mafra, de 1.300 dependências, entre salas, quartos e celas conventuais , que levou mais de 30 anos para ser construído e contou com mais de  50 mil trabalhadores para sua conclusão. Os gastos da Coroa e da aristocracia geravam um crescente déficit na balança comercial, equilibrada graças ao ouro brasileiro. A metrópole passou a exercer um controle cada vez maior sobre as suas colônias na América. Os caminhos das minas eram intensamente difíceis. O acesso ao Arraial do Tijuco, área de exploração de jazidas de diamantes, foi vedado a negros forros, mulatos livres e garimpeiros pobres. Apenas aqueles que obtivessem  autorização direta da COROA procurava impedir , com práticas violentas, o escoamento ilegal das pedras e garantir a cobrança da tributação devida. O aperfeiçoamento do aparelho administrativo colonial, acompanhado de uma série de medidas fiscais, realizava-se numa conjuntura de aumento acentuado do preço dos escravos africanos- para qual contribuiu a mineração- e de deslocamento de recursos, mão-de-obra e colonos para a região das minas. Apesar das oscilações do preço do açúcar no mercado mundial e da concorrência antilhana, a atividade canavieira ainda mantinha sua importância , ao lado do tabaco, no Norte e Nordeste. O problema de mão-de-obra e a cobrança de tributos acabaram por gerar descontentamento e revoltas , que opunham os colonos às autoridades metropolitanas.

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